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Esta semana pôs fim a um rumor com vários meses de vida (talvez até anos), com a confirmação oficial da Amazon de Fire TV. Não é bem uma consola de videojogos, não é só uma box associada a um serviço de televisão por cabo, não é só uma ou outra coisa, é muitas ao mesmo tempo. Tal é o axioma da geração corrente e não me refiro exclusivamente aos videojogos.
Mas mais do que pensar sobre as hipóteses de sucesso da Fire TV no mercado dos “media centres”, aproveito a hipótese para encarar uma velha discussão com uma nova postura: físico vs. digital. Isto porque neste debate entrou um novo elemento e a Fire TV da Amazon não é propriamente pioneira. Desde os serviços OnLive e Gaikai, este último transformado no PlayStation Now planeado para o final deste ano, é a capacidade on-demand (streaming) que brilha mais intensamente para o futuro. Pessoalmente, não sonho com o dia em que não terei de ir à loja comprar o jogo, nem sequer de esperar para o descarregar da loja virtual e instalar, mas compreendo o charme para os apologistas “fanáticos” do formato digital. Comprar e jogar, só.
Por agora é certo que o mercado vai continuar a ter uma boa fatia de receitas das vendas físicas, até porque o modelo de negócio assenta fortemente sobre os retalhistas que continuam a ter uma palavra a dizer – quanto mais não seja porque são os retalhistas que vendem o hardware, e esse ainda não se imagina digital. Mas o que o futuro aguarda, e talvez um não tão distante, pode ser muito interessante e perigoso. Como mudará o mercado? Quais serão os preços e o modelo de negócio, compra definitiva ou parcial da licença de uso, ou aluguer? E que impacto terá nos jogos em si e no seu processo de produção?
Talvez nada mude e venhamos apenas a ter mais opções para aceder aos títulos. Quem sabe?
Duarte Pedreño
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