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Não é um tema novo, eu sei, mas o facto de muitas crianças conseguirem ter acesso a jogos que não são adequados à sua idade sempre me irritou, e agora ainda me irrita mais. E sim, o facto de me ter tornado pai entretanto ajuda à irritação.
Como devem ter lido no GO, uma escola britânica criou esta medida que está a dar nas vistas por acreditar que a exposição das crianças a conteúdos impróprios pode-lhes ser prejudicial. E, a partir de agora, e pelo menos em Cheshire, os pais terão de estar atentos ao que os filhos andam a jogar, sob pena de serem denunciados às autoridades.
É claro que é uma medida de aplaudir. Tudo o que seja feito com a intenção de melhorar a educação das crianças deve ser aplaudido, de pé. Mas com este aplauso devia surgir uma assobiadela gigante dedicada a todos os pais que precisam deste tipo de notícias para começarem a tomar atenção às atividades dos filhos. Não deviam precisar, especialmente numa era em que a informação flui a velocidades extremas.
Em Portugal já muito se falou sobre o facto de os retalhistas serem os primeiros a falharem quando permitem a venda de jogos para maiores de idade a crianças com 10 ou 11 anos, ou menos até. Mas eu sino que temos e devemos falar mais é sobre o que os pais andam a fazer, ou melhor, não andam a fazer. Eu, que com facilidade tenho jogos espalhados lá por casa com um indicativo +18, não vi grandes dificuldades em explicar à minha filha que aqueles jogos têm todos um selo que indica a idade a que se destinam. Ela, desde que sabe o que são números, percebeu a mensagem sem dificuldades, por isso, não consigo perceber como é que adultos não a percebem. Se calhar precisávamos de um anúncio parecido àquele que surgiu há uns anos a mostrar que até um primata conseguia separar o lixo, mas neste caso, para números. Será que assim já percebiam? Ou será preciso fazer um desenho?
Bons jogos e bom fim-de-semana
Rogério Jardim
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