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Há vários meses que as badaladas Steam Machines têm feito correr muita "tinta". Desde que a Valve declarou guerra à sala de estar com o conceito de PC modular, a indústria ficou atenta aos próximos passos da gigante de Gabe Newell. Primeiro revelou um sistema operativo, o SteamOS, uma variante de Linux altamente otimizada para o Steam e Big Picture (otimização de menus na ligação às televisões); depois seguiu-se os comandos oficiais (cuja substituição dos manípulos analógicos por digitais tem-me vindo a criar algum ceticismo); depois houve a demonstração do Piston, uma das primeiras máquinas modulares, num exemplo do que seria uma Steam Machine.
Durante o evento CES, no início de janeiro, a Valve revelou finalmente as Steam Machines. Plural, porque são 14 máquinas – para já – oficialmente reconhecidas como tal. Mas o mais estranho, todas elas de fabricantes distintos e nenhuma da Valve, que refere ainda não estar pronta. E mais estranho ainda, o tal Piston não estava no lote. A empresa clarificou depois que não quer ser uma máquina exclusiva para Steam, mantendo ligação com os serviços digitais da Microsoft e Electronic Arts (Origin), por exemplo.
Das máquinas reveladas, todas elas têm em comum serem pequenas caixas compactas, como uma consola, entre designs atraentes e outros bizarros. Mas totalmente distintas no preço – entre os 500 e 6 mil dólares – correspondente aos componentes. Mais memória, melhores placas gráficas ou processadores mais rápidos, existem “máquinas a vapor” para todos os bolsos.
Mas com isto, do que se trata afinal de uma Steam Machine? A designação pode ser fácil – máquinas otimizadas para correr os títulos presentes no serviço Steam, preparadas para serem utilizadas na sala de estar e ligadas ao televisor. Mas então isso não é possível com os portáteis recentes? Com qualquer outro PC que tenhamos utilizado na última década de existência do serviço digital da Valve? Penso que sim, sem dúvida. Não será apenas o “selo” Steam Machine uma certificação oficial da Valve, uma forma de credibilizar o PC; e de uma última instância, cobrar royalties extra aos fabricantes associados e até mesmo aos consumidores?
Terei de trocar o meu PC, com especificações melhores que metade das máquinas reveladas, só porque não tem o tal selo?
Rui Parreira
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