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“O quê, também há polémicas nisso?”, foi assim que um amigo meu, detentor de vasta cultura geral e sempre em cima do acontecimento reagiu ao lhe pedir que esperasse porque estava a fazer um artigo sobre uma resposta de um senhor da Sony a declarações bombásticas de um rival da Microsoft.
Algo surpreendida, respondi que sim e lá tive de, depois escrita a notícia, o esclarecer com o discurso da praxe sobre a importância dos jogos de vídeo na indústria do entretenimento.
Conclusão: Apesar de fazerem circular milhões de dólares e rios de tinta na imprensa, os vídeojogos são ainda um território inóspito para muita, mas mesmo muita gente. Fora os filhos adolescentes dos amigos e algumas raríssimas excepções ligadas maioritariamente ao meio, não conheço ninguém que acompanhe e, consequentemente entenda, a evolução dos jogos como faz com o cinema, a televisão ou a literatura.
E talvez por isso, se sintam indignados quando digo que estou ocupada a escrever sobre uma entrevista polémica, um estudo sobre a violência virtual ou a fazer uma galeria de imagens. E talvez também por isso achem um piadão oferecer um jogo do CSI a uma criança de oito anos, quando esta deveria sim estar entretida com títulos mais adequados à sua idade.
Confesso que por mais que tente não consigo esclarecer estes meus amigos trintões e quarentões no que respeita à matéria da minha profissão. E dias há em que se instala em mim um certo desânimo e me sinto assim como uma miúda a brincar às profissões.
Mas, felizmente, hoje não é esse o caso, até porque a estada do luxxx na neve não me deixa tempo para grandes reflexões. Assim sendo, resta-me desejar a todos um bom fim de semana e partir para, como diria um antigo colega do GO, mais uma tarde de labuta intensa!
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