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Não tenho qualquer dúvida que o racismo será um estigma que para sempre acompanhará Resident Evil 5. E mesmo passado um ano desde o lançamento das muito badaladas imagens e trailers, trata-se de um tema recorrente em qualquer entrevista feita a responsáveis da Capcom.
Desta feita, foi Jun Takeuchi, produtor do jogo, que se tenta justificar perante uma afirmação feita há alguns meses atrás por N'Gai Croal, da Newsweek: “é notório que nenhum negro trabalhou neste jogo.”
“Ficámos surpreendidos com a reacção. Penso que todos compreendem que nunca tivemos qualquer intenção de criar algo racista. Essa nunca foi a nossa intenção. Pensamos que houve algum equívoco quando lançamos as primeiras imagens há tempos atrás.
“Pensamos que com o passar do tempo, conforme fomos permitindo que as pessoas vissem mais jogo, conhecessem mais acontecimentos e mais um pouco do argumento, começaram a ter uma melhor ideia do jogo. Penso que a reacção começou a ficar um pouco mais branda.
“Respondendo à pergunta colocada no vosso blog, temos elementos negros na equipa de desenvolvimento. Temos membros no staff com conhecimento do passado histórico, e estamos constantemente em contacto com eles no que toca a coisas como essas.”
Será que estamos perante uma situação absolutamente surreal, no domínio do politicamente correcto elevado ao máximo, ou será que existiu algum descuido por parte da equipa de desenvolvimento da Capcom, que não teve em conta o facto do tema do racismo estar fresco na memória dos norte-americanos?
Convém não esquecer que até há três gerações atrás em muitos estados da América do Norte os negros não podiam partilhar diversos espaços públicos com os brancos. E já nem falo nos linchamentos... no KKK... no regime do Apartheid na África do Sul... etc, etc, etc...
Sinceramente, acho que é um pouco das duas situações. E algo me diz que o “pior” está ainda para vir. É que Resident Evil 5 vai ser analisado à lupa...
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