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A Wii U faz um ano de vida europeia no dia 30 de novembro, mas é com a chegada da PS4 que em Portugal (e no mundo) se dá por encerrada a sétima geração de consolas iniciada em 2005 com a Xbox 360. Sem desrespeito algum para com a consola da Nintendo, que como a Wii terá o seu público e ocupará um papel distinto na indústria nos próximos anos, é a maquinaria pesada que vinca verdadeiramente a transição, apesar de um catálogo de lançamento pouco apelativo e ainda menor exclusividade.
Mas, por muito entusiasmante que seja olhar para a frente e imaginar o que a nova geração nos reserva nas mãos da PS4 e da Xbox One (eventualmente), é altura de olhar para trás e perceber o quão longe viemos nos últimos oito anos. A indústria cresceu com a expansão do mercado, passando a incluir um público casual atraído em grande parte pela Wii; o online cimentou a noção de comunidade, até então algo exclusivo do PC; e a proliferação dos indies forçou a uma evolução de mentalidades, a uma abordagem diferente do design dos jogos e a uma adaptação do mercado a uma maior diversidade de experiências e de preços.
Nem tudo foi bom, vários estúdios fecharam portas, vários produtores e artistas foram dispensados dos seus cargos e o Japão perdeu o estatuto de superpotência na indústria. A sobrevivência dos mais aptos, diz-nos Darwin, mas esta sobrevivência custou a muitos, como foi com o caso que ficou conhecido como “as esposas da EA”, que protestaram contra a exploração dos seus respetivos pela grande editora sedeada na Califórnia.
Porém, apesar dos altos e baixos acentuados, para os jogadores fica uma memória positiva. A guerra acesa entre Sony e Microsoft levou à produção de exclusivos de peso e a indústria beneficiou bastante desta competitividade. É com este espírito positivo e “aventureiro” que devemos olhar para o que a nova geração se prepara para nos trazer.
Duarte Pedreño
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