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Uma das principais notícias desta semana foi a revelação da primeira imagem do novo Call of Duty. Apesar de não ter sido revelado oficialmente, a Activision já confirmou que o próximo jogo da série está ser desenvolvido pela equipa da Sledgehammer Games. E foi precisamente Glen Schofield, um dos cofundadores do estúdio norte-americano, que mostrou a referida imagem durante um painel de discussão da Game Developers Conference. Como seria de esperar a internet "explodiu" com esta revelação. De um lado da barricada os fãs mais acérrimos da chancela da Activision, do outro uma legião de opositores que alerta para a saturação da série, causada pelos lançamentos anuais.
Mas afinal qual a origem desta relação amor/ódio? O que explica o facto de ser tão complicado assistir a uma discussão saudável quando o tema é a série Call of Duty? Existem várias teorias explicativas deste fenómeno, mas para realizar essa análise seria necessário recuar no tempo para "estudar" a história e o percurso dos vários jogos da série, algo impossível de realizar neste espaço. De qualquer forma, a percentagem de jogadores que afirmam publicamente que nunca mais irão comprar um Call of Duty enquanto não surgir um jogo realmente inovador parece aumentar todos os anos, mas depois as vendas continuam em alta e com picos surpreendentes que muitas vezes atingem recordes que pareciam impossíveis de quebrar.
Será que faz sentido, na perspetiva da editora, alterar uma fórmula de sucesso e mudar uma série cujos títulos vendem extremamente bem? O que vai acontecer no futuro só o tempo poderá responder, mas todos recordamos as vendas extraordinárias de Guitar Hero e o seu destino fatídico. A série Call of Duty é demasiado importante para ter um final semelhante e temos a certeza absoluta que os responsáveis da Activision estão atentos a esta situação. Goste-se ou não, Call of Duty está para durar e para breve está marcada mais uma "guerra" entre fãs e opositores da série.
Bruno Mendonça
A cada ano que passa, os videojogos estão a tornar-se numa indústria cada vez maior e isso inclui, além de vender muitos jogos e consolas, o lado mais competitivo. Já lá vão os dias em que os torneios de jogos eram coisa de amigos, que no máximo chegavam a uma reunião de vários PCs na garagem de alguém para ver quem era o melhor num jogo de corrida, num simulador de futebol ou num FPS.
A massificação do acesso à internet e da vertente online dos jogos veio permitir aos jogadores competirem entre si de uma forma global. E daí até a competitividade caseira se tornar em algo mais sério foi apenas uma questão de tempo.
A Valve lançou recentemente um documentário chamado Free to Play: The Movie, e conta a história de vários jogadores que, como tantos outros, começaram a jogar em casa só pela diversão e que, aos poucos ousaram pensar que podiam tornar-se jogadores profissionais e ganhar dinheiro com isso. Este contraste é representado no filme na primeira pessoa num torneio de DOTA 2 e tenta mostrar que estamos apenas a dar os primeiros passos num universo que, segundo os intervenientes neste filme documental, pode vir a ser maior que, imaginem, o próprio futebol? Será? Independentemente do que possa vir ou não a acontecer, a verdade é que já hoje são realizados torneios com prémios em dinheiro que deixaram de rimar com “ares” para passar a rimar com “ões”. E só a Wargaming, precisamente a produtora cujo sucesso se deve a um jogo gratuito, o World of Tanks, já anunciou para este ano de 2014 um investimento de 10 milhões de dólares nos desportos eletrónicos, os eSports.
Será apenas uma questão de tempo até vermos estádios encherem de espetadores à procura de um bom espetáculo? Esperemos que sim…
Bons jogos, a sério ou a competir!
Rogério Jardim
Está a decorrer durante o fim de semana mais uma edição do Codebits do Sapo, junto ao Meo Arena. Este certame promove a inovação de novos projetos, amadores ou profissionais, oferecendo diversas palestras, workshops e exposições, assim como o tradicional concurso de programação de 48 horas.
Obviamente que os videojogos estão presentes, sobretudo alguns títulos de produção nacional. Um dos projetos mais badalados do evento é o RiftCycles Project, produzido pelo conhecido Luis “Arcade Man” Sobral e a startup nacional Overflow Interactive. Inspirado por Tron, este projeto alia a realidade virtual permitida pelo Oculus Rift com um modelo físico das míticas LightCycles dos filmes da Disney.
O resultado é um vislumbre do que esta tecnologia poderá oferecer em termos de imersão, da capacidade de transportar os jogadores para um cenário quase “palpável”. Tendo em conta que este projeto foi produzido em cerca de um mês, não podemos deixar de aplaudir a iniciativa. As réplicas das motas parecem-nos bastante convincentes e o jogo, produzido com o motor Unity, revela a versatilidade na utilização do Oculus Rift.
O jogo é simples, mas eficaz, colocando dois jogadores numa das famosas arenas dos filmes, tendo como objetivo eliminar o adversário com o rasto de energia largado pela RiftCycle. A mota responde bem aos movimentos dos jogadores, e rodar a cabeça permite ter uma perspetiva real do que se passa em redor na pista.
Esperamos que este projeto não passe de uma tech demo, e que eventualmente sejam abertas oportunidades aos seus criadores. Até porque o tema está a correr meio mundo…
Não deixem de passar pela Codebits para experimentar o RiftCycle e de ver a reportagem que estamos a preparar sobre este projeto, e que vamos publicar no início da próxima semana.
Bom fim de semana
Rui Parreira
Esta semana pôs fim a um rumor com vários meses de vida (talvez até anos), com a confirmação oficial da Amazon de Fire TV. Não é bem uma consola de videojogos, não é só uma box associada a um serviço de televisão por cabo, não é só uma ou outra coisa, é muitas ao mesmo tempo. Tal é o axioma da geração corrente e não me refiro exclusivamente aos videojogos.
Mas mais do que pensar sobre as hipóteses de sucesso da Fire TV no mercado dos “media centres”, aproveito a hipótese para encarar uma velha discussão com uma nova postura: físico vs. digital. Isto porque neste debate entrou um novo elemento e a Fire TV da Amazon não é propriamente pioneira. Desde os serviços OnLive e Gaikai, este último transformado no PlayStation Now planeado para o final deste ano, é a capacidade on-demand (streaming) que brilha mais intensamente para o futuro. Pessoalmente, não sonho com o dia em que não terei de ir à loja comprar o jogo, nem sequer de esperar para o descarregar da loja virtual e instalar, mas compreendo o charme para os apologistas “fanáticos” do formato digital. Comprar e jogar, só.
Por agora é certo que o mercado vai continuar a ter uma boa fatia de receitas das vendas físicas, até porque o modelo de negócio assenta fortemente sobre os retalhistas que continuam a ter uma palavra a dizer – quanto mais não seja porque são os retalhistas que vendem o hardware, e esse ainda não se imagina digital. Mas o que o futuro aguarda, e talvez um não tão distante, pode ser muito interessante e perigoso. Como mudará o mercado? Quais serão os preços e o modelo de negócio, compra definitiva ou parcial da licença de uso, ou aluguer? E que impacto terá nos jogos em si e no seu processo de produção?
Talvez nada mude e venhamos apenas a ter mais opções para aceder aos títulos. Quem sabe?
Duarte Pedreño
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