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Finalmente. Esta é a minha palavra preferida para descrever a chegada de Watch Dogs. E escolhi esta palavra por várias razões: primeiro, porque sofreu um adiamento, o que é sempre mau para quem espera pelo lançamento dos jogos; segundo, porque quando um jogo é bom a espera parece sempre maior (faz lembrar os últimos minutos de um jogo de futebol decisivo); e terceiro, porque representa, na minha opinião, o primeiro grande rival de GTA. A Rockstar é a melhor a produzir os chamados jogos “sandbox”, não há dúvida. Várias foram as tentativas da concorrência em criar uma alternativa, mas nunca ninguém conseguiu verdadeiramente chegar perto do que a Rockstar nos tem conseguido trazer, pelo menos até agora.
A Ubisoft soube esperar, soube apostar numa boa equipa de produção, soube criar hype à volta do jogo e, mais importante, soube apresentar um bom resultado final. Claro que não tem a polémica que a série da Rockstar faz questão de trazer em todos os títulos GTA, e que em muito contribuem para o seu sucesso, no entanto, Watch Dogs está cheio de boas razões para se tornar naquela que me parece ser a melhor alternativa até hoje à série GTA. E isto é mesmo o mais importante, para o mercado e para os jogadores em geral. É fundamental haver concorrência para melhorar e evoluir, ainda que a Rockstar nunca se tenha deixado dormir à sombra do seu próprio sucesso, antes pelo contrário.
Certo é que a Ubisoft já veio a terreno afirmar que as primeiras 24h foram de recorde de vendas, no que a histórico da editora diz respeito. Não revelaram números concretos, mas em breve saberemos até que ponto será este o maior sucesso de sempre da Ubisoft. Para já, parece ter tudo para chegar lá, como aliás poderão confirmar com a crítica, já disponível no GameOver.
Rogério Jardim
Não tenho por hábito vaguear por sites de crowdfunding à procura de projetos que me cativem e instiguem a investir uns dólares (moeda praticamente universal neste tipo de campanhas). Não o faço, talvez porque me incomoda a noção de estar a pagar por algo que poderá não vir a concretizar-se, ou mesmo por ter a noção de que o produto final raramente corresponde ao idealizado pelo autor, quanto mais por terceiros que criam as próprias expetativas.
A única vez que me senti impelido a participar numa campanha foi por acaso, quase por acidente, quando fazia pesquisa sobre Beau Blyth (Samurai Gunn) e me deparei com Hyper Light Drifter. Li a sinopse e o plano do projeto, vi a arte e o trailer, e quis fazer parte. Mas tinha terminado no dia anterior. À frustração imediata seguiu-se o espanto quando reparei que o objetivo de 27 mil dólares tinha sido ultrapassado, tendo a equipa da Machine Heart amealhado mais de 645 mil. Foi a única vez que quis contribuir, foi a única vez que fiquei sentido por não o ter feito.
Por outro lado, temos o caso de Hush, um projeto português que estipulou 50 mil dólares como o seu objetivo e arrecadou 1.443. O projeto parecia interessante, com conceitos de jogo e artístico originais. O problema? Um vídeo em que a equipa fala do jogo sem qualquer entusiasmo e nenhum vídeo representativo da jogabilidade. O propósito de qualquer campanha é convencer um público vasto a acreditar numa ideia, mas quando falamos de jogos, há que dar provas de talento através de uma demonstração funcional, por mais simbólica que seja.
Espero que o Game Studio 78 consiga, de uma forma ou de outra, produzir Hush e concretizar o projeto. Porém, por enquanto a sua campanha serve como exemplo duro de que é preciso mais do que boa-fé e conceitos para convencer as pessoas a alargarem os cordões das suas bolsas. Há que ter noção de que, mais do que pedir às pessoas para acreditarem num sonho alheio, estas campanhas pedem o seu dinheiro, e dinheiro é sempre um assunto complicado.
Duarte Pedreño
Esperava-se que a qualquer momento a Activision anunciasse o novo capítulo do jogo que ano após ano gosta de bater records de vendas. Depois de alguns rumores que se espalharam pela web à velocidade da Luz, surge então a confirmação de Call of Duty: Advanced Warfare, o respetivo vídeo de revelação e uma surpresa chamada Kevin Spacey.
Neste vídeo vemos o ambiente futurista em que se desenrolará o jogo mas, sobretudo, ouvimos a personagem de Kevin Spacey (muito bem reproduzido, por sinal), a falar da importância do poder, das falsas democracias e de como a liberdade pode ser uma coisa muito relativa, para o bem das próprias sociedades. Esta participação de Kevin Spacey é, a meu ver brilhante. Quem terá acompanhado a série House of Cards, onde o ator é protagonista, a desempenhar o papel de um congressista exímio na gestão de influências, interesses e poder no congresso norte-americano e junto da Casa Branca, percebe as consequências desta participação com o título mais importante da Activision.
O gigante sucesso que a série televisiva está a ter um pouco por todo o lado e a aparente semelhança entre a personagem que Spacey desempenha na série e a que virá a desempenhar no jogo, vão garantidamente ajudar, e muito, em mais um sucesso para a Activision. Resta saber apenas se baterá novos recordes.
Por fim, importa destacar o trabalho da Activision. É, de facto, uma jogada muito bem conseguida, a de aproximar cada vez mais a sua série dos sucessos de Hollywood, ora com a colaboração com grandes atores na criação de anúncios promocionais, ora com uma colaboração mais direta, como a que se prevê para Advanced Warfare, justamente na altura em que a nova geração já estará muito mais bem implementada.
Rogério Jardim
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