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Após algumas horas a jogar God of War II, voltei a perguntar a mim mesmo se a nova geração de máquinas não terá sido lançada prematuramente.
A nova aventura de Kratos é simplesmente soberba, demonstrando que ainda muito seria possível no hardware da PlayStation2. E não esquecer que as próximas semanas trarão consigo grandes títulos, como é o caso de Okami e Final Fantasy XII. Todos eles garantindo fabulosas experiências de jogo, muito acima da grande maioria dos títulos actualmente disponíveis para a PS3, 360 e Wii.
Além do mais, duas das máquinas next-gen têm a alta definição como imagem de marca... mas na realidade o HD encontra-se longe de estar implementado nas casas dos consumidores. E já nem falo em Portugal e na Europa, onde as cadeias de televisão ainda não ultrapassaram o período de testes de emissões em 720p, pois estudos recentes apontam para que apenas 17% dos norte-americanos tenham LCDs/Plasmas preparados para tirarem total partido das potencialidades gráficas das novas consolas.
Baseado numa experiência pessoal, posso avançar que grande parte dos meus companheiros americanos de Gears of War jogam a obra de Epic em televisões de normal resolução.
No que toca ao online, já existia na Xbox e na PS2, se bem que no caso desta última muito mal implementado. De qualquer maneira, com um pequeno esforço, a experiência online poderia aproximar-se um pouco mais da disponível nas máquinas next-gen.
Depois temos o Blu-ray/HD-DVD. Sinceramente... os DVDs ainda têm muitos anos de vida pela frente, permitindo sessões de caseiras de filmes com excelente qualidade de imagem e som. Ou seja, o salto qualitativo da passagem para filmes HD nada tem a ver com o salto permitido pelo fim do VHS. E também neste ponto... poucos têm televisões que permitam tirar total partido dos leitores de alta definição.
E mesmo a Wii... será que a Nintendo não poderia ter lançado um adaptador bluetooth para a GameCube que permitisse a ligação de um Cubemote à sua 128 bits? Possivelmente... sim.
Mas a verdade é que grande parte dos lucros da Sony/Microsoft/Nintendo vêm da venda de máquinas. E o negócio não poderia abrandar.
Tenho a teoria que a Sony não lhe teria desagradado manter “viva” a PlayStation2 durante mais alguns anos. As vendas continuam boas e o seu domínio do mercado é grande. Mas o mesmo não pode ser dito das suas congéneres 128 bits, facto que levou a Microsoft e a Nintendo a sentirem necessidade de deixar para trás a Xbox e a GameCube, entrando numa nova geração de máquinas. A SCE... foi de arrasto, o que lhe poderá sair um pouco caro.
É no que dá vivermos numa sociedade de consumo.
“Comprem as novas consolas! Não têm possibilidade de tirar total partido delas? Não faz mal! Comprem-nas na mesma e usufruam-nas a 100% daqui a vários anos... quando a próxima geração de máquinas for anunciada!”
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