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Há algo que me irrita solenemente. Sou jogador desde os meus 5/6 anos e ainda me recordo da forma como vibrava com os jogos naquela época. Foi na SNES, foi na Sega Saturn, foi na PS One. Foram estas consolas, e respetivos jogos (pelo menos alguns deles), que marcaram a minha vida enquanto jogador casual.
E, na altura, não existia o que hoje começa a ser abundante: simuladores de tudo e mais alguma coisa. Peguei neste tema porque, esta semana, surgiu na Internet a notícia de que está para aparecer no mercado o jogo I Am Bread, o simulador onde somos uma fatia de pão. Exato, leram bem, o jogador controla uma fatia de pão.
Tudo bem, pode ter um conceito inesperado e ser algo hilariante, mas é mesmo este o futuro que queremos para os videojogos? Algo despido de conteúdo e sem qualquer emoção? Vejamos outros exemplos: Rock Simulator, Grass Simulator 2014, Nothing Simulator 2015… A lista é enorme.
É algo preocupante. Por um lado, temos pessoas com talento e com boas ideias para projetos de gaming, mas, como veem as suas ideias negadas, recorrem a sites de crowdfunding para que consigam aplicar os seus projetos, e nem sempre o conseguem. Por outro, temos quem se dedique a fazer este tipo de títulos despidos de conteúdo, sem história, sem nada de complexo e que faça puxar pela cabeça do jogador. Parece, sim, ser uma maneira mais fácil de ganhar bom dinheiro à conta do mundo dos videojogos.
Será imaginação em excesso? Ou falta dela? De qualquer das formas, a moda parece não passar e, consequentemente, enquanto existir quem alimente este tipo de ideias, as dita cujas não irão parar de surgir.
Alexandre Lopes
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