Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
O blog oficial do GameOver. Participa!
Muito se fala e escreve sobre o facto da Wii U não estar a vender o que a Nintendo pretenderia. Já se começa até a falar sobre o que a Nintendo deve fazer para resolver este “problema”. As opções variam entre baixar preços, antecipar o lançamento da sucessora ou, mais radical, dedicar-se apenas à produção de software. Alguns gostam ainda de lembrar que a estratégia da Nintendo nunca foi a mais adequada para a Wii U, com um preço muito alto e um poderio gráfico demasiado modesto para a altura em que foi lançada. Claro que dizê-lo agora é fácil, mas o que não me parece nada fácil, ou pelo menos provável, é que a Nintendo dê grandes ouvidos a estas críticas, uma vez que nunca nos habituou a isso. Aliás, se o tivesse feito no passado, se calhar não tinha tido o seu maior sucesso de sempre, como aconteceu com a Wii (muito criticada numa fase inicial de vida), ou até a DS.
A Nintendo é igual a si própria. É a empresa que ainda gosta de brincar nas conferências de imprensa, seja com Miyamoto a subir ao palco de escudo e espada na mão, ou com Satoru Iwata a brincar com Pokémons ou a fazer unboxing a consolas de luvas calçadas. A Nintendo gosta, portanto, de continuar jovem de espírito e evitar tornar-se cinzenta e demasiado elitista, sabendo sempre que é um caminho, talvez, mais arriscado mas também muito mais divertido, diria.
Posto isto, e olhando para o sucesso emergente da PS4, quer mundial como nacional, a Nintendo terá obviamente de reagir, e vai reagir, muito provavelmente com uma baixa de preço. No entanto, e para quem já começa a dizer que a fracas vendas da Wii U deixam a tesouraria da Nintendo em estado crítico, convém relembrar que, tendo em conta o sucesso da Wii, que deu lucro à Nintendo desde o dia do seu lançamento, juntamento com uma série de títulos caseiros que venderam ao mesmo ritmo, quer para a Wii como para as portáteis, a verdade é que terá uma “almofada financeira” suficiente para aguentar um insucesso e, logo de seguida, vir a surpreender novamente, como aconteceu com a GameCube e, logo a seguir, a Wii.
Rogério Jardim
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.